domingo, 9 de janeiro de 2011

A minha incontrolável vontade de qualquer coisa...

...Pois minhas coisas fazem sentido. Este post está entre os 2 posts sobre o Congresso Tradicionalista - O pré o pós - de forma estratégica. Assimilando coisas ouvidas por Nova Petrópolis, algumas sobre o blog, algumas sobre outros assuntos, me senti responsável por dar algumas explicações aos que me acompanham. Satisfações? Talvez, mas pra minha consciência, principalmente, não pra os que enchem a boca pra me dizer qualquer coisa sem embasamento. Gosto de colocar as palavras no lugar certo, na forma certa. Pelo menos no meu conceito de certo. Pode não ser o seu, e isso acontece! Sobre o blog... Ouvi elogios e críticas. Os elogios eu adorei e as críticas eu aceito. Também teria as adorado (sério, gosto de bons debates!), mas não recebi nenhuma crítica fundamentada. Ok, direito de quem a elabora, direito meu de achá-las fraquinhas. Mas me pareceu que a dúvida cruel de alguns é: ela (eu) não tem mais nada pra fazer do que criticar tudo o que o MTG faz? Resposta: Sim, eu tenho. Várias. E as faço, sempre tentando ser o mais competente possível, felizmente. Mas eu, como militante do tradicionalismo, não consigo ver essas coisas que eu critico e ficar quietinha, mofando no meu canto esperando que alguma rica alma um dia se erga das sombras e salve nossas almas inquietas. Não... Eu critico e dou minha opinião no desejo de incitar as reflexões, pois eu prezo pela cultura do Estado do Rio Grande do Sul e não me conformo cada vez que eu assisto ela sendo pisoteada por outros interesses ou pela falta de competência. Por isso que eu critico. Faço a minha parte de falar, de pedir, pra os que tiverem vontade (e penso que quem vem até aqui tem), de me ouvir e pensar nisso também, para que, com o tempo e as habilidades necessárias, se consiga ter algum repercussão e possamos assistir melhoras. Esse é o meu desejo. É por esse motivo que eu venho aqui e falo. E é por causa do comodismo, do medo de mudança ou na tentativa de que as coisas passem despercebidas, é que isso tem incomodado alguns. Críticas? Aceito mesmo, obrigada! Mas as fundamentadas, as que tem consistência, as que tem objetivo. As minhas tem o objetivo que acabei de dizer no outro parágrafo: tentar fazer com que minhas palavras toquem os que concordam comigo, pra juntos termos uma voz mais forte, sermos ouvidos e vermos as melhoras que nosso Movimento não apenas precisa, mas merece. Ah, sobre o que eu ouvi... Durante uma das plenárias, um senhor que conheço de vista, lá dos meus lados da Fronteira, falando em algum assunto (que evidentemente nada tinha a ver comigo, hehe), disse que "não basta falar mal, é preciso fazer algo". Refleti sobre isso e pensei se alguns "críticos" tem essa concepção ao meu respeito. Ah, meus caros, se esta é a dúvida, eu lhes digo: Sim, eu faço algo. Faço todo o ano. Luto pela minha entidade com meu sangue e meu suor, no sonho constante de ver a cultura e história deste Estado sendo prezada da forma como ela merece. Luto todos os dias da minha vida em nome do tradicionalismo gaúcho pois eu acredito que a cultura, elemento característico de todas as sociedades humanas, é imbuída de preceitos capazes de transformar as mais distintas mazelas sociais. Eu faço, no espaço onde sou capaz de agir, a minha parte de expor os erros que muitos veem e preferem não se queixar. Faço minha luta todo o santo dia, pois eu tenho valores e nunca me canso de tentar validá-los em qualquer situação. Crítica pela crítica? Não. É que alguns ouvidos (ou olhos) são sensíveis demais para aceitar os próprios erros, para assumir as próprias fraquezas. Eu assumo as minhas e me dói também, nenhum ser humano quer ter suas falhas apontadas. Evito sim quando posso, mas assumo. E não, isso não me faz nem melhor nem pior que ninguém, é apenas uma questão de princípios e estes são os meus. Cheguei a ouvir neste final de semana que eu não possuia uma "faixa estadual" pois eu não a merecia por não ser alguém humilde. Primeiramente, o merecimento é das 3 prendas que as ostentam neste ano e elas merecem respeito. Segundo, se dar a minha opinião, de forma sincera e eloquente, é falta de humildade, bom, então eu agradeço a consideração. Prefiro um que outro me tachando de "não-humilde", mas que tem capacidade de explicitar o que pensa, do que entrar pra alguma "galeria das humildes" que nada pensam, nada falam, nada discutem, nada incomoda. Esta não seria eu. E eis o que respondi ao jovem que me proferiu esta frase: eu descobri que não precisava de uma faixa pra ter sido acolhida pela minha entidade e pela minha região como a prenda deles. Isso é inexplicável! Na troca de faixas do DTG, fizeram uma quebra do protocolo que eu mesma havia escrito, para ser presenteada com um texto inesquecível (feito pelo Juliano Santos) e com uma bandeira do Rio Grande do Sul assinada por todos eles. Único, perfeito, fabuloso. Meus irmãos Guaranys são incríveis e, assim como eu falei de mim mesma antes, são alguns anônimos como eu que lutam todos os dias pelo bem da cultura Rio-Grandense. Reenfatizando a questão da humildade e do merecimento, basta reler meu post com o texto da minha despedida da região (aqui http://tainavalenzuela.blogspot.com/2010/10/despedida-regional-2010.html ). Repito este trecho: "Descobri que há uma glória sublime em ser aplaudida quando se perde. Essa glória se chama respeito, afeto e consideração." De todas as falhas que eu tive e tenho, eu recebi o respeito, eu recebi o afeto e eu recebi a consideração. E agora, com toda a falta de humildade do mundo, eu digo: obrigada, mas é mérito sim ser aplaudido quando se perde. Mas é um mérito de poucos. E vale lembrar isto também: E sobre minha luta, minha crítica, meu barulho, me valho dos versos de Milton Nascimento: "Mas é preciso ter força É preciso ter raça É preciso ter gana sempre" (...) "É preciso ter manha É preciso ter graça É preciso ter sonho sempre"
Eu hei de ter.

2 comentários:

  1. Eu até achei que não precisava me manifestar, pois li atentamente e não acredito que alguém possa não ter entendido. No entanto, como adoro me meter em tudo, não podia deixar de manifestar publicamente a minha admiração pelos jovens que tem a coragem da Tainá. Eu lutei muito, assim como ela, quando criamos e estruturamos o Departamento Jovem, por um espaço onde tivéssemos condições de dizer o que pensávamos. Infelizmente, naquela época, não tínhamos blogs, orkut, facebook e todas outras ferramentas de comunicação virtual. E mesmo assim nossas vozes foram ouvidas e conquistamos um importante espaço no Movimento. Na época o Padre Canellas era nosso orientador, e hoje, como aconteceu no Congresso de Nova Petrópolis, pude encontrá-lo e, junto com o Fábio Braga Mattos, conversamos longamente e revivemos nossa caminhada. Ele disse uma coisa que não esquecerei nunca: "todos criticavam vocês, mas nunca vi vocês se entregarem". Mas é uma pena ver que a semente plantada por nós germinou em poucos lugares e ninguém mais regou o suficiente para brotar as lindas flores. Ainda bem que, em Rosário do Sul, uma sementinha foi bem regada e uma prenda chamada Tainá hoje se tornou uma voz forte em defesa da nossas puras tradições. Parabéns!!!!!!!

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  2. Bai, sem palavras...Chorei. Obrigada, obrigada...

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