terça-feira, 27 de setembro de 2011

Juntos.

GUARANYS!

Nossa classificação não chegou por causa de 0,1 ponto.

Só quero dizer que nós somos bem maiores do que isto.
Não há nota no mundo que tenha capacidade de identificar esta entidade.
Nós somos o 1 e temos todos os zeros na sua sequência, e não em sua frente.

A IRRESPONSABILIDADE de sumirem com nosso microfone para a Meia Canha e depois de terem cortado o som deste microfone pois a equipe de som simplesmente "achou" que deveríamos usar outro, é apenas mais uma página na nossa história de superação e amor.

AVANTE.

Como sempre me disse meu pai:
"Se te virem recuando, que saibam sempre que tu vai embalar pra voltar mais forte".
Comigo sempre deu certo.

E juntando os ensinamentos do grandes mestres da minha vida - PAI e MÃE -, como diria ela:
"Não deixe que seus medos tomem o o lugar dos seus sonhos."

Vamos juntos, como sempre. Se vencermos será abraçados, se cairmos será abraçados também.

Que Tiarajú nos abençõe e que Noel se orgulhe de nós.
 
 

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

O Dia do Jovem Tradicionalista

 "A dor que mexe com a gente
É que a cultura indigente
Anda pedindo socorro
A terra morre de fome
Pra alimentar sobrenomes
Que germinam inconsequentes..."

Como uma historiadora que trabalha com música, começo este post com essa frase genial da música "Aos Olhos da Terra", que eu considero um hino quanto o entendimento da realidade do Rio Grande do Sul, em termos sociais, culturais e também políticos. Ela é hino na voz do Luiz Marenco, mas não sei a autoria. Se alguém puder me informar eu agradeço para dar ao autor seus devidos e merecidos créditos.

Hoje, dia 5 de setembro, é o Dia do Jovem Tradicionalista. Foi movimentada uma tag no twitter #diadojovemtradicionalista sugerindo que se completasse a frase: "Ser Jovem Tradicionalista é..."

*Fonte da imagem: http://rogeriobastos.blogspot.com

Adorei a idéia e passei o dia pensando em algo pra twittar e não consegui. Culpa das shorts messages do twitter, hehe! Mas resolvi responder esta frase aqui no blog.

Primeira situação a ser levada em consideração é a seguinte: Somos tradicionalistas. A juventude vem na forma de pensar. É possível pensar no tradicional sem ser retrógrado. Por isso uso aquele clichê básico do "jovem de todas as idades". Acredito nisso.

E o que mais me incomodou nos últimos anos foi a passividade da nossa juventude dentro do Movimento (sim, isso me inclui diretamente). Quantas vezes questionamos nossos regulamentos, criticamos decisões e atividades? Inúmeras, tenho certeza. Agora, quantas vezes AGIMOS para que as coisas se ajustassem da forma como parecessem mais corretas? Cada um responda esta pergunta para si...

Percebo estarmos em um feliz momento da Juventude Tradicionalista. Vejo maiores mobilizações, desejos florescentes de agir. E TEMOS QUE FAZER ISSO.

Ser parte do sistema não significa conformar-se com ele se acreditarmos que ele está equivocado.

Sempre carreguei comigo a idéia de que, se eu me considero tradicionalista e se eu discordo das ações adotadas pelo topo da pirâmide do Movimento Tradicionalista Gaúcho, eu não devia virar as costas pra ele e seguir um novo rumo. Meu lugar é ali dentro, tentando fazer as coisas mudarem. Pois eu acredito que devam MUDAR sim, aliás, MUDAR DE NOVO, mas, desta vez, mudar no sentido oposto das mudanças que já aconteceram, mudar e ir ao encontro das idéias iniciais que nortearam as ações daqueles já tão famosos 8 jovens que deram a base para o que temos hoje.

E muita gente não entende que a idéia de mudança é, na verdade, voltarmos no tempo e resgatar o que, de fato, é nosso de forma pura. Pois o que temos agora está estranho demais... Se o Movimento tivesse seguido seu rumo inicial, seus valores primordiais, me digam, por qual motivo PAIXÃO CORTÊS não está aqui, agindo conosco??? POIS ELE DISCORDA DOS RUMOS que a institucionalização da Tradição tomou. Sendo assim, pensem: ESTAMOS FAZENDO JUSTIÇA ÀQUILO QUE NOS FOI DEIXADO????

E assim "a cultura, indigente, anda pedindo socorro...". Quem vai socorrê-la?

É necessário sim, acredito eu, haver uma instituição que busque ORIENTAR aos que desejam efetivar a defesa folclórica e cultural de uma região. Eu disse ORIENTAR. Não engessar. A cultura está sendo engessada, está sendo ditada e regrada de uma forma que faz com que ela perca sua característica folclórica e, desta forma, original.

E está sendo feito isso de forma nada democrática. A Convenção não é democrática. O Congresso poderia ser quase isso, mas não mexe em quase nada que faça realmente alguma diferença no cerne das questões que tocam ao tradicionalismo.

Meus caros amigos e amigas, tradicionalistas e jovens tradicionalistas: Deixemos a passividade de lado. É hora de acordarmos e AGIRMOS em defesa do Rio Grande do Sul, dos seus valores morais e culturais. Não tenhamos medo de nos expor. Não deixem que o receio abafe suas angústias e cale suas vozes sem apontar aquilo que vocês acreditam estar equivocado. Mostrem suas caras, assinem seus nomes. ISSO É NOBRE, não é feio. Não se preocupem com os taxativos se vocês tiverem um objetivo maior.

Reflitam, pensem nos argumentos que movem vocês em favor de suas idéias. Reflitam sobre os argumentos daqueles que forem contra. Idéias podem mudar ou, ainda, tornarem-se mais fortes.

Só não se calem. O Rio Grande do Sul precisa de vocês, precisa de nós.

Temos muito em nosso favor. A tecnologia, a facilidade da comunicação, a facilidade de locomoção, o acesso à informação, e claro, as AMIZADES. Sim, elas fazem a diferença!!!!

Mas vamos começar assim... Olhem a Carta de Princípios. Quantos daqueles itens vocês sentem que praticam? Quais destes itens vocês TEM CERTEZA que seus REPRESENTANTES praticam? Não adianta só pensarmos sobre... É preciso fazer. Cada item da Carta começa com um verbo, já observaram isso? E todo mundo que já foi alfabetizado sabe que os verbos correspondem às AÇÕES.

Então vamos... Vamos agir! Agir em nome do que é bom, não apenas pelo "barulho". Agir por aquilo que a gente acredita. Nós não somos o futuro do Movimento, já disse isso outras vezes. NÓS SOMOS O SEU PRESENTE.

Tem muita gente boa por aí que desistiu de lutar. Vamos chamá-los de volta, vamos nos fortalecer. Fazer acontecer. 

Agora acho que consigo responder a frase...

Ser jovem tradicionalista é AGIR pelo bem da cultura do Rio Grande do Sul.

Vamos?