domingo, 31 de julho de 2011

Meu coração na Convenção de Taquara.

Longo post...

Uma certeza eu tenho: tentamos. E tentamos firmes, e tentamos fortes, e tivemos apoio. De muitos sem direito ao voto e de 17 com direito. Eu queria saber o nome dos 17 pra poder agradecer à eles pessoalmente.

De tarde, eu e outras prendas conversávamos sobre o quanto já idealizamos o tradicionalismo como um Movimento bom, puro e mágico.  
E que não é isso que nós vemos sempre...
O que eu disse pra elas é que eu sigo acreditando neste Movimento sim, e que é por isso que eu insisto tanto no que eu acredito. O Tradicionalismo é bom. Algumas pessoas que não são (ás vezes, 1 única pessoa consegue dominar os outros de tal forma que chega a ser nojento).

E enquanto eu acreditar, eu vou continuar. Mesmo que seja chorando, mas eu vou seguir tentando. O nosso tradicionalismo puro e encantador ainda será uma realidade. A realidade que foi um dia quando aqueles jovens se organizaram pra fazer FORTE a cultura do Rio Grande. E verdadeira. Acima dos interesses pessoais, acima da politicagem.

E foi assim...

Quando iniciaram os trabalhos sobre a Ciranda, já era bem mais de 17h (horário previsto). Mas consequência de bons debates que estavam acontecendo.O evento, desta vez, estava bem organizado. Eu e a Jessilena, que enviou a proposição pela 1ª RT, nos postamos prómixas ao microfone, na lateral do público. O Sr. Savaris começou falando das proposições enviadas e dizendo que a nossa não fora aceita integralmente pela Comissão, mas que a Comissão adotara uma posição intermediária.

Após o Regulamento todo lido, o único debate sobre a Ciranda que pude acompanhar além do nosso (pois a excursão precisava voltar) foi uma proposição que dizia que as 3ª Prendas não deviam mais compor os prendados, ou seja, que houvesse apenas 1ª e 2ª Prenda por modalidade (igualmente para Peão). Felizmente - na minha opinião - não fora aceito.

Chegaram ao item da Idade máxima para a Prenda Adulta, com a idéia de que fosse de 27 anos no máximo (no Estadual) - o intermediário entre nossa proposição e o regulamento atual. Não era o que a gente queria. A gente não quer o mais ou menos. A gente quer o melhor pra todos.

A Jessilena defendeu, falou do sonho de tantas Prendas, falou que a idade não deveria ser limitante. Sugeriu que tivéssemos então, idade máxima para o Conselho. Pra dar chance aos demais, se a idéia é essa. Falou um monte mais..

Falei eu depois.

Falei que era uma proposição que não faria mal à ninguém, que queríamos o direito de escolher o melhor momento pra concorrer. 
Que não nos julgávamos melhor que ninguém, pois qualquer uma "mais velha" pode perder pra uma "mais nova" em qualquer Ciranda. 
Falei que estávamos reinvidicando o direito de lutar por um sonho.
Falei que minha mãe sempre me disse que eu poderia ser aquilo que eu quisesse, desde que eu lutasse por isso. 
Falei que agora eu estava sendo impedida. 
Que entre perder e ser impedida, eu prefiro perder.
Falei que a limitação de idade enfraquecia as entidades = a base. Pois precisavam dizer pras Prendas que desejam concorrer que elas não podiam, e tinham que insistir com algumas pra irem "na força" pois não tem outra. É a realidade de muitos.
Perguntei: Pq que não? Que mal que tem?
Comentei que o Presidente Bertolini disse na abertura do evento que o Movimento deve ser prazeroso. E que esta era uma limitação que estava fazendo muita gente sofrer.
Disse que não me acho velha pra ser aquilo que eu sempre fui.

Fomos aplaudidas, muito aplaudidas. Dividindo o salão em em três partes, digamos que um terço dele (que estava mais na frente), eram os votantes. Os outros dois era o povo todo, não só a gurizada, mas muitos outros que estavam ali, e estavam conosco.

Depois de nós, falou o Sr. Manoelito Savaris, que era o relator pela Comissão. Falou que tínhamos ultrapassado nosso tempo de falar, mas que eles haviam deixado (a platéia respondeu dizendo que eles não tinham o que dizer mesmo...). Disse que somos duas moças que falam bem, muito bem articuladas. Maaas que a Comissão era contra nossa proposição. Pois nós podemos não ser velhas, mas tb já não somos tão novas não. A platéia riu (e acho que não riu de mim). Disse que eu "escorreguei" em minhas palavras, e leu um trecho do final da minha proposição. Disse que eu estava me contradizendo.

Após isso, vieram os debatedores.
A primeira a falar foi a atual 3ª Prenda do RS. Disse que não concordava conosco pq o "couro" não fazia diferença, pois ela lavava os pratos em sua entidade, varria o chão e tudo mais. Disse que o lugar dela era colaborando e que existiam outros cargos, que ser Prenda não era tudo (ouvi vozes da platéia perguntando o que ela fazia ali com aquela faixa...).

Falou então a atual 1ª Prenda do RS, dizendo que não se poderia esquecer que uma diferença de idade tão ampla poderia gerar um choque interno nas Gestões. Também falou que existiam outros cargos, e falou que ela já ocupara outros tantos. 


As duas prendas citaram que acham que terminar a faculdade antes de ser Prenda não era fundamental, e citaram uma prenda estadual que tinha 2 faculdades quando foi 1ª Prenda do RS. Pena que elas não sabem que essa Prenda LARGOU AS 2 faculdades pra ser Prenda. Não interfere mesmo?

Um senhor que não conheço disse que queria manter os 24 anos.
Outro senhor que não sei quem é também disse que o "entre-choque" de idade poderia ser grave.
O Sr. Winck se manifestou nos apoiando, dizendo que tínhamos razão no que pedíamos. Aplausos de novo, muitos aplausos.
Não lembro quem mais falou - se falou -.

Nessa hora eu já estava tomada pela emoção. Por ter ouvido absurdos e pelas manifestações de apoio que recebíamos, principalmente dos 2 terços do fundo do salão.

Podíamos voltar ao microfone, como proponentes.

Ah, e lembro que alguém reclamou das Prendas que concorrem muitas vezes e tomam o lugar de outras.

Quando fui falar, muitos sentimentos me perseguiam, mas essa sou eu. Não segurei o choro e fiquei emocionada por ter encontrado olhares de apoio e de conforto, tanto da mesa quanto da platéia.


Tinham me dito pra ser racional, eu tentei. Mas a Tainá de verdade foi quem falou mais alto, e ela é muito passional.


Falei ao Senhor Savaris que não "escorreguei" não, que quem tivesse a oportunidade de ler minha proposição inteira iria ver que ela é bem coerente (ela está no post anterior) e que não contradiz o meu discurso (aliás, eu também poderia ter dito que ele, que se diz historiador, deveria saber de não se julga ou analisa um texto por um trecho mínimo dele).
Confirmei com as Senhoritas Prendas sobre elas terem ocupado outros cargos. Ambas confirmaram com a cabeça. Aí perguntei: Esses outros cargos fizeram vocês desistirem do sonho de vocês? Não, não fez. E NEM EU. Contei que eu tenho outros cargos, eu sou Capataz da minha entidade. Uma entidade composta de jovens universitários que, semanas atrás, sediara uma Regional de ENART para mais de 1.800 pessoas. E eu varro o chão, e eu lavo os pratos e eu faço pela minha entidade o que for preciso. EU COLABORO. Eu estava lá reinvidicando o direito de lutar por um sonho. Foi isso que eu disse.


E perguntei como que eles podiam ter medo do choque de idades se (como bem me lembrou uma moça que já foi Prenda do RS) o que este Movimento prega é o oposto?? E disse que todos nós tínhamos cantado, naquele mesmo dia, o seguinte: LADO A LADO PRENDA E PRENDINHA, TODOS JUNTOS DANDO A MÃO. AVANTE, SEGUINDO OS AVÓS, EM FRENTE TRAZENDO OS PIÁS. COISA LINDA É SE VER GERAÇÕES, CONVIVENDO NA SANTA PAZ.


E encerrei ali mesmo. Vi a 2ª Prenda do RS, Muriel, me aplaudindo de pé.
Ouvi aplausos, muitos... Gritos de apoio!

A Jessilena falou e lembrou que as Prendas de 18, 19 anos, que alguns alegavam que seriam prejudicadas, estavam ali, nos aplaudindo e nos apoiando. E então???


Mas votaram. Foram 30 e tantos votos contra 17.


Eu chorei, chorei bastante. Recebi abraços, apoio e milhares de parabéns. Ouvi palavras lindas, pessoas me disseram que se orgulhavam do que eu fiz. Entendi que semeamos algo BOM no coração de muitos. Uma pena que muitos não perceberam que o choque estava ali: Um massa de tradicionalistas - sem direito ao voto - pedindo aos que tinham este "poder" para interceder em favor deles. 17 sabiam disso e concordavam. Os outros não.

Tentamos, nós tentamos. Com todo o coração.
Pelo menos, sei que já ajudamos muitas Prendas, que podem voltar aos seus palcos. Até os 25 anos (27 no Estado).

Para estas, quero dizer duas coisas: 
1º - aproveitem a oportunidade. 
- e mais importante: NUNCA, NUNCA deixem de lutar por aquilo em que acreditam. Se for verdadeiro, se for sincero, vale a pena. Não deixem que esse esforço todo tenha sido em vão...

Nós não somos o futuro do Movimento. Nós somos o seu presente.

Sem a gente, não existe Ciranda e não existe Entrevero. Sem a gente, o ENART não seria nem 2% por cento do que é e a FECARS seria bem menor do que é também.

E quando vocês forem Regionais/Estaduais, HONREM aqueles que vocês representam.
Só isso...

23 comentários:

  1. Este comentário foi removido pelo autor.

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  2. Oii!
    Nossa! Que legal!
    Parabéns!
    Vamos que vamoo! To na idadeee! Hahahahahah...
    Obrigadaaa!

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  3. Parabéns,parabéns sempre minha filha!!!Tenho muito orgulho de tudo o que fizestes e,pode ter certeza,é de pessoas assim que nosso Rio Grande precisa,de pessoas que não achem que podem colocar "idade"acima de esforços,trabalho,dedicação e amor pelo que fazem,de prendas com vontade de realizar muito mais.Mas tu podes fazer,mesmo com este teu sonho podado,continuas lutando sempre,desistir jamais das coisas que tanto queres buscar:a lealdade,a transparência,a dignidade,a honra da Região Tradicionalista que defendes.Te amo muito minha SEMPRE PRIMEIRA PRENDA!!!!!Greici

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  4. nossa...
    Chorei muito lendo tua postagem.
    não pude estar presente na convenção e estava curiosa para saber o tinha acontecido, em especial nesta proposição.
    Sinto muito por a ideia inicial de vcs não ter sido aprovada, mas, ao mesmo tempo, agradeço muito por terem mandado ela. Confesso que já fui Prenda Estadual e sentia muita vontade de retornar aos concursos mas estava impedida pro causa dos 24 anos.
    Agora tenho idade de concorrer de novo, se vou mesmo, não sei... mas vcs ajudaram muitas meninas deste Rio Grande!
    Muito obrigada, do fundo do coração!

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  5. Sempre, bom Tai, você sabe melhor que eu isso, houve em qualquer sociedade, as tais 'influências' e pessoas infelizmente de mente fechada em seus orgulhos e ignorâncias. Entretanto, não podemos deixar de acreditar no que faz e pensa que é certo, pois ao mesmo tempo que as injustiças ocorrem, o mérito de algum lado virá junto com o amadurecimento, o aprendizado. Tenho uma admiração enorme por ti querida, e agradeço muito que felizmente o meu aprendizado está sendo com a tua companhia :) Um beijão minha flor! Su

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  6. Tainá. Sou proprietário do Blog do Léo Ribeiro (http://blogdoleoribeiro.blogspot.com) e postamos hoje, em nosso blog, esta tua minifestação. Nossa intenção é de te dar todo o apoio pelo que aconteceu. Continue lutando. Posso dizer que ler tua postagem valeu meu início de semana.

    Léo Ribeiro

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  7. Em tempo: no lugar de "minifestação" se leia "manifestação"

    Léo Ribeiro

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  8. Tainá, vou responder teu post devidamente a tarde...
    Por ora só digo o seguinte: o que aquela 1ª Prenda do Estado pensa que é?
    Conheci a guria, com todo respeito, no concurso regional aqui da 11ª RT e tentei manter uma conversa com ela, pra ver o que ela pensava, saber o que se passa na cabeça de uma 1ª PRENDA DO ESTADO, já que essas oportunidades são quase impossíveis de se ter... A moça não sabia falar de outra coisa que não maquiagem, cabelo e vestido, todas as tentativas de conversa caiam para o mesmo lado: cabelo, maquiagem e vestidos.
    Muito conteúdo...
    Bonequinhas de luxo! Isso que o MTG quer. Já pensou uma de nós, velhas, viajando pelo estado e conversando com as pessoas? Não, não, não, isso é perigoso...

    Beijos, depois comento tudo ; )

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  9. adorei o teu discurso o da Jesselena tbm tinhamos uma torcida grande apoiando vcs mas infelizmente não deu. mas não se deve desistir jamais.

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  10. Mas te falo em respostas a altura hein Tainá ;D Meus parabéns, só em participar imagino ter sido uma ótima experiência, imagina ter conseguido alguma mudança. beijo

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  11. Tainá!
    Estou emocionada com a atitude de vocês!Não fui à convenção, mas sou legítima apoiadora de tudo o que se tratou. Que bom saber de prendas com atitudes maduras e sensatas, pois o retrato do que se vê hoje nos palcos do MTG, infelizmente, em grande parte das vezes parece ser exatamento ao contrário. Fico feliz, pois questionava exatamente isso, quando assistia o Concurso Estadual de Prendas esse ano em PF.Muitas, assim como eu, abrem mão do sonho de ser prenda estadual, por motivos profissionais e tantos outros que a fase pós-juvenil exige!
    Parabéns!
    Carinhosamente,
    Meirianne Zambon

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  12. É, não é privilégio desse final de semana atitudes e ações como as relatadas por vc e ocorridas na convenção em Taquara. Lembro que em Soledade/1999, na Convenção, ocorreu o mesmo e houve um deturpamento do regumaento da Ciranda de Prendas e, também, tentaram tirar a terceira prenda. Como já me desgostei a muito tempo do MTG/RS (presidência) retiro-me do que for possível e faço o trabalho de base, na minha entidade, esperando que um dia as situações mudem. Sim, pq não existe lugar que congregue situações mais efêmeras que o MTG/RS e um dia tudo passará...e MTG/RS, ao contrário do que a própria presidência tenta pregar, não somos nós; são meia dúzia que dita e o resto deve obedecer. Mas como fala Mario Quintana:
    "Todos estes que aí estão
    Atravancando o meu caminho,
    Eles passarão.
    Eu passarinho!"
    Parabéns amiga e saiba que, de pouco em pouco, conseguiremos desmembrar o que está ai e realmente fazer um MTG/RS de TODOS. Bjs

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  13. Meu coração estava contigo em Taquara. Muito obrigada por 'reativar' este sonho que ainda existe dentro de mim. Vou analisar algumas coisas, planejar o futuro... e se tudo der certo, em breve representarei novamente minha região no Estado. E espero que desta vez... seja COM PLANILHAS! Um grande beijo.

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  14. Pessoal, só posso agradecer as palavras e o apoio de todos vocês! Essa luta não teve fim ainda não... Não digo a luta pea idade da Ciranda, mas a luta por um MTG/RS da forma como ele deve ser! Obrigada mesmo!

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  15. mal sabem eles a essencia de um sonho, cairam de para-quedas lá dentro e ainda tentam impedir os outros de fazer com que o movimento evolua... Do fundo do meu coração: Idade é sinônimo de experiência, de conhecer, de cancha; é estrada! Pra mim, faculdade importa, é mais do que um conhecimento no geral, é aprofundar-sem em um conhecimento focado, com uma direção que por qualquer caminho que seja irá encontrar ramos que cutuquem a história do estado, o tradicionalismo e a função social, o que nós tradicionalistas tanto nos dedicamos no meio. Não percam as esperanças, nem muito menos a perseverança! Busquem forças em nossa história, nosso passado, nossas origens e revivam o gaucho que peleou por seus direitos, que lutou por seus ideais e por seus sonhos, talvez um dia a história mude e o contador seja o personagem! estou com vocês novamente prendas, Tainá, sem palavras pela tua coragem de dar a cara a tapa, tu é fonomenal, parabéns mesmo! beijão

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  16. Aposto que os 2 "péssimos" das tags são das 2 Prendas Estaduais. VERGONHA PRO RIO GRANDE essas daí.

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  17. Olá Tainá!
    é uma pena saber que o lindo Movimento Tradicionalista está nas mãos de quem não tem voz para defende-ló, as pessoas que alí tinham direito ao voto estavam com medo de serem prepremidas por outra pessoa que se acha o "REI" desse movimento tão lindo mas que infelizmente está indo por um caminho que concerteza não foi o idealizado em 1947.
    Mas fico feliz que existam jovens como tu e a Jessilena, que não conseguiram mudar, mas pelo menos tentaram, e isso muito nos orgulha, nós jovens. Ao contrário de duas prendas estaduais que tiveram medo de ir contra o Movimento, não expondo sua opinião própria. E uma delas, fez mais feio ainda, pq tem uma rivalidade desde quando era regional com a Jessilena, na verdade ela já deveria ter esquecido isso, mas não foi oq fez, divulgou isso para o Rio Grande inteiro, oq ficou ainda mais feio pra ela. Infelizmente, essas são as representantes da Mulher gaúcha!
    E outra coisa, eu espero que depois desta Convenção, as pessoas tenham reparado quem "manda" realmente no MTG. E nós jovens não temos que aceitar mais isso.
    No mas, é isso!
    Temos orgulho de vocês gurias!

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  18. aaahhh como assim prenda...
    tu como uma pessoa que estuda propor uma coisa dessas é no minimo incoerente, sabes que na ciranda concorrem menina ja com 17 e vc ja deve er + de 30 concorrer com elas é no minimo desleal, magina se de 17 p/ 24 já é mt diferença e vcs ainda querem aumatar mais??

    querem serem as vós da ciranda/gestão??

    prenda com 30 anos ja é madura o suficiente, teoricamente(pois pelo visto vc e sua "ajudante" nao são),e com isso ja pode galgar cargos que importam masi dentro da entidade/região, pq qm melhor que as prendas e peões que conhecem os regulamentos e os "caminhos" para articular melhor ainda um entidade, pq nao a entidade mae, e deixar de lado essa brincadeira de prenda pq um MULHER ja com 30 anos participando disso é no minimo vergonhoso.

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  19. Primeiramente, obrigada por todos os comentários! Ângelo, muito obrigada pelas palavras.

    Ao "A verdade feia": Gostaria que tivesses a dignidade de assinar seu nome. Tenho pavor de qualquer tipo de covarde como tu. Meu nome está assinado em tudo que eu faço e sempre espero o mesmo dos demais. Porém, mesmo diante de sua plena covardia, lhe respondo... Não acho e nunca acharei vergonhoso trabalhar em qualquer função dentro do tradicionalismo, não importando minha idade. Temos exemplos de excelentes Prendas que foram estaduais com 28, 29 anos.

    Quero ser avó dos meus netos. Para as Prendas mais jovens, quero ser uma companheira em busca dos mesmos ideais, o que ocorreu em minha Gestão Regional.

    A importância de um cargo se dá pela pessoa que o desenvolve. Na minha entidade TODOS os cargos são importantes, por serem desenvolvidos por pessoas competentes.

    Outra coisa, se informe mais. As prendas da categoria adulta tem 18 anos (e não 17), são maiores de idade e responsáveis por si mesmas, perante a Lei. Não as subestime. Conheço Prendas excelentes desta idade que também estavam na Convenção, por sinal, torcendo que a idade aumentasse e que isso lhes desse mais tempo.

    A idéia de ser Prenda não é nem nunca foi brincadeira na minha vida. Se no seu mundinho medíocre é, com licença, pois não estamos falando a mesma língua.

    Pra finalizar, não admito que uma pessoa que não assina seu próprio nome me fale em maturidade. Enxergue-se e se assuma.

    Infelizmente, é provável que você não volte a comentar aqui, estou desativando neste momento as postagens anônimas no blog.

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  20. Gostaria de te parabenizar sim, pela tua coragem e perseverança de ir até o fim com essa opinião! Não pude me fazer presente na convenção. Mas já fui prenda do RS e não gostei nada dos comentários e deboches contra as prendas estaduais, só quem já teve uma faixa daquelas sabe o que é. Não somos os "bibelôs" que todos imaginam, temos que obedecer regras e estudamos muito até chegar ao cargo. Título é claro que não importa,pelo menos não deixei de ser a Kelem de sempre. Mas devemos levar em conta que idade não é tudo, vários outros fatores aparecem na Ciranda que devem ser observados. A prenda deve tem que ser uma "menina" e que represente a mulher gaúcha, mas não que seja uma mulher, de fato, formada e já com sua vida encaminhada.
    Portanto volto a te parabenizar, e sei que dentro do MTG existem coisas a serem vistas, mas jamais devemos julgar as prendas estaduais como imcompetentes ou algo do tipo. Porque no mínimo elas tiveram que estudar três anos para estarem lá. E com idade suficiente ou não, largando faculdade ou não, são as representantes da mulher gaúcha.

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  21. Por curiosidade, coloquei meu nome no google e só agora vi que ele fora citado aqui, tão honrosamente por esta nova amiga e companheira de luta.

    A ti Tainá, meus cumprimentos pela personalidade e opinião formada, é de gente assim que eu gosto e de gente assim que o mundo precisa.

    Como foi dito acima, talvez nós, "mulheres, prendas velhas e maduras" sejamos realmente "um perigo às demais"... mas não pela nossa idade... e sim pela convicção de idéias, pela opinião formada, pela experiência de vida que nos faz ver além das paredes das nossas entidades, que nos faz transpassar os muros do tradicionalismo e ver que existe vida/mundo lá fora.

    Não somos "bonequinhas de luxo" (sem ofensa às prendas estaduais - atuais e ex), como anteriormente mencionado...e talvez por isto não estejamos/sejamos quistas lá.

    Assim como tu, dou minha cara à tapa, exponho o que penso sem medo de represalhas e noto que a cada dia isto me acarreta mais "seguidores", me faz ser mais admirada e bem quista.

    Ao post do anônimo: "A verdade feia", só digo que é lamentável... feia é a falta de coragem de alguns que se escondem atrás de pseudônimos hipócritas ou do anonimato, simplesmente porque não tem coragem de falar o que pensam.

    Hay gente de todo tipo...

    Saliento que a qualificação de "ajudante" é pouco pra mim meu caro ou minha cara... Não ajudo ninguém, mas também não prejudico.

    Apenas luto pelo que entendo justo, certo e honesto.

    Faço o que quero, pois tenho o direito de ir, vir e me manifestar e só calarão minha voz quando eu morrer...e isto ainda vai demorar muito (pra desgosto de uns - risos).

    O Rio Grande ainda ouvirá falar muito de mim!!! Fiquem certos disto.

    E àqueles que das minhas idéias compartilharem, terão não só a minha luta, a minha força e a minha garra, mas a minha eterna gratidão.

    "Verdade feia" é ter vergonha de ser o que é.

    E tenho dito !!!

    Jessilena Alano Etcheverry

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  22. Jê, assino embaixo, só isso!

    O Ro Grande ouvirá falar muito de nós, tenho certeza disso!!!

    beijos flor!

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  23. Há anos, e mais exatamente desde 2005, que não me emocionava com alguma coisa que envolvesse a Tradição. Meu nome é Aritanna Kuyumtzief, tenho 24 anos e por muitos anos fui Prenda da minha antiga entidade no Município de Tangará da Serra/MT. A minha estrada tradicionalista começou desde que nasci, no pequeno Município de Cristal/RS (16 RT - MTG/RS). Fui por mais de uma vez Primeira Prenda da minha ex entidade, bem como 1 Prenda Juvenil da 6 RT - MTG/MT, e 2 Prenda Juvenil do MTG/MT nos anos de 2004/2005. Esta segunda colocação até hoje ainda tem sabor de primeiro lugar. Vejo nas suas palavras a mesma emoção que sempre dediquei aos meus trabalhos e projetos tradicionalistas. Queria muito estar participando do Movimento no RS só para ter ouvido suas falas e também, juntamente com os demais, te aplaudido de pé. A maioria dos que comandam os MTG`s em todos os Estados simplesmente esquecem a coletividade e vão em busca de glórias pessoais. E esta não é a função da nossa Tradição. Sempre tive e continuarei trazendo dentro do meu peito o sonho de ser Primeira Prenda do RS, mas seu que mesmo independentemente da idade, os caminhos hoje são outros. Por aqui a Tradição percorre caminhos que muitos dos Grandes Historiadores se envergonhariam, mas é a massa que comanda, e essa massa, por aqui, não conhece a Tradição, pelo menos não essa da qual me refiro e da qual sei que defendes. O meu coração ainda palpita pela nossa cultura, e ao passo que te escrevo as l;agrimas me correm pelo rosto, porque só quem foi Prenda de verdade sabe o que é ser e sentir isto. Fico muitíssimo feliz em saber que existem outras como eu, como os mesmos ideais e princípios, mas que diferente de mim, tem pelo menos a chance de dizer o que pensam e de abrir o coração gaúcho que carregam dentro do peito. Torço de verdade para que todos os teus sonhos e esforços dentro da nossa tão amada Cultura e Tradição sejam reconhecidos, ou que, pelo menos, sejam escutados. Beijos Tradicionalistas e termino com o final da maravilhosa Poesia de Colmar Pereira Duarte - Saga:

    "(...)
    As lágrimas
    verteram meu desgosto,
    mas o sorriso iluminou meu rosto
    pra o amor
    que das penas nos redime.

    Nas tempestades
    que enfrentei na vida,
    se me vergaram ventos, eu fui vime;
    permaneci em pé,
    sem ser vencida.

    Busco há duzentos anos o horizonte,
    lutando sempre contra o preconceito
    de ser mulher
    e de sentir no peito
    amor por essa terra que é tão minha,
    porque as vidas
    vivi - todas que tinha -
    pra conquistá-la
    e ter esse direito!"

    ***

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