quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Por dançar apenas.

As pernas têm ficado um pouco mais doloridas. Os joelhos parecem me perguntar até onde quero exigir deles. Eu não os respondo, apenas imploro que me acompanhem. Pois são apenas pequenos detalhes, pequenas dores frente o tamanho do desejo que toma uma forma inexplicável cada vez que posso dançar. E eu quero muito dançar, mais e mais. Eu descobri a dança com 4 anos. Era ballet. Não cheguei usar as sapatilhas de ponta de gesso (meu sonho de consumo eterno, se for cor-de-rosa), mas fui bailarina. Fiz ballet dos 4 aos 7 anos. Aprendi as posições do ballet clássico, como fazer mão de bailarina. E que pra dançar na frente tinha que se dedicar muito. E estar disposta. Nossa, como eu queria ser daquelas gurias que dançavam na frente! Já com 5 anos eu dancei jazz e todos os ritmos possíveis, até os 16. Parei o ballet aos 8, quando mudamos de Porto pra Rosário, onde não tinha ballet e nem sapatilhas de ponta. Mas o jazz era bom demais pra ter dado falta do ballet. Viajamos o mundo nos estilos de dança, e o Brasil também. Dancei axé, forró, rock, street dance, danças de salão, estilo anos 60, dança espanhola com castanholas e claro que não vou lembrar de tudo mais que eu fiz. As fantasias eram tudo, o cabelo tinha que estar impecável e o batom era vermelho. Sonho de qualquer menina. Pelos 10 ou 11, eu comecei a dizer pros meus pais que eu queria era dançar naqueles "grupos de CTG", que era legal. E eu fui. Com 12. E não parei mais. Aquela saia armada, aquele vestido comprido, era digno de qualquer princesa. Se eu me sentia uma princesa? Não sei bem, mas no vestido, sim, eu me sentia. Quando saí da categoria juvenil pra adulta (com 14 anos) foi quando meu grupo acabou no antigo CTG. Troquei também de entidade, o que movia era dançar. Ao mudar de entidade, o que veio me mover foi mais que a dança, foi a cultura. Mas o Raízes, meu foi berço de verdade enquanto prenda, tinha um grupo adulto de 12 pares feitos, e muito entrosados. Eu era a 13ª prenda, sem peão, sem espaço na sala. Dancei do lado de fora do salão por 1 ano. Em todos os ensaios, em todas as danças. Eu disse que eu não ia parar. E disse que não ia pedir pra dançar. Eu tinha que merecer. E não parei. E não pedi. E dancei. Um ano depois, num rodeio em Dom Pedrito, eu dancei. Só e somente só o Chote Inglês. Dei o meu melhor naquele Chote Inglês. Depois dele, fiz parte das entradas, das saídas e das 3 danças. E eu sei porquê: Eu mereci, eu sei que sim. Como nesse Balaio ali do lado. O sorriso era meio desconcertado, de fato, mas era o sorriso de quem queria oferecer seu melhor sorriso. Mas nunca foi o suficiente. Ser "titular" daquele grupo não era o meu limite. Eu queria dançar... Para estar dançando, era preciso dar o meu máximo. Para estar dançando, é preciso dar o meu máximo. E eu sempre acho que ele não é suficiente pois eu quero dançar. Mais, e mais... Nessa idéia, a gente até inventa umas modas estranhas, e faz coisas estranhas. Tentamos um grupo independente lá em Rosário, que se na idéia inicial desejava unir as entidades, acabou dividindo. Sério: Não era essa a intenção. O grupo foi dos mais divertidos. O nome era o mais atravessado: Independência Gaúcha. Mas grandes lições vêm de lá, do tipo... Não confie em qualquer maluco que acha que pode ser instrutor de danças. Porque dançar e ensinar a dançar é uma coisa séria e requer sim, muito profissionalismo. Muito estudo. Muita capacidade. Mas a gente se divertia dançando. E éramos grandes companheiros. Por essas e outras que alguns caminhos, mesmo meio tortos, valem a pena. Agora, uns 14 anos depois daquela decisão, essa magia da dança toma forma ao meu redor com o nome de ENART, que tem a minha idade. Um sonho que eu sonhei faz tempo, lá no meu Adaga Velha, quando 0,001 nos deixou de 1º suplente da interregional (quando era uma força só). O desconto foi na desarmonia do pau-de-fitas. Um gosto amargo que nada há de adoçar.
Doce é lembrar do tempo que vivemos por lá, passando a ponte que me enche de medo, caminhando até em casa após os ensaios, tão tardes. E rindo muito. E crescendo juntos. Afinal... Demos nosso melhor. Felizmente, os sonhos se transformam e ganham cores novas. Talvez as cores em si não sejam novas, pois o lenço amarelo ainda me enche de orgulho, nas minhas 2 casas. Rumo à final do ENART, outra vez. É a 2ª. E cada vez que penso nisso, quero me doar mais e mais, e esqueço aquelas dores tão banais buscando me superar em cada sarandeio, em cada passo que precisa ser executado com uma precisão única, em cada sorriso que deve ser encaixado na forma e na hora certa, sem perder a naturalidade. E a força pra isso tudo é olhar pro lado e sentir a energia que emana daqueles que te acompanham no sonho. Percebi que dançar só faz tanto sentido pelas pessoas que dançam do teu lado, pelo par que te oferece o sorriso, pela prenda que cuida o alinhamento contigo. Sim... Aí está a magia! Compartilhar uma energia invisível que nos move, nos faz unidos e nos deixa fortes! E nos faz irmãos! Hoje, meu sonho é GUARANY! E desse tempo todo, desde o ballet até hoje, eu aprendi que sempre há 2 formas de fazer as coisas: 1 - Fazer por fazer. Sentir a irritação, o cansaço.. E deixar que ele seja maior. O trabalho só é maior. Irritar-se, incomodar-se e desirritar-se, desincomodar-se. Se é que essas palavras existem. Eu nem tenho certeza. 2 - Fazer e deixar o coração aberto. E viver o momento com toda a intensidade que ele merece. E querer mais, e fazer mais. Um trabalho só, com grandes chances de grandes resultados. E pra dançar, precisa AMOR. Tem que deixar que ele te leve. Ele deixa os joelhos mais fortes e faz, das dores, inexistentes. É só dançar. E dançar. E dançar. E AMAR! E sentir o tamanho da magia. O cansaço faz parte, por exemplo, dessa fase pré-final que estamos vivendo. Certo que cansa, mas o mundo é daqueles que levantam e fazem. Gente pra chorar sentada já existe demais... Por isso, vamos, vamos, vamos! Dançar por AMOR. Sentir o corpo mover-se nessa magia que não há palavra que defina. Sermos mais, sermos o maior que pudermos, depois de lutarmos por aquilo que parecíamos não conseguir.
Estando juntos, vai valer a pena. Eu amo vocês. Eu confio em nós! "E nada pára aqueles que são movidos pela paixão..."

Vai valer a pena estar lá!

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Explicações nascendo das cinzas

...das cinzas do regulamento. Bom, irei reprisar aqui a excelente explicação oferecida por Lucas Maciel no fórum do Galpão Gaúcho sobre a classificação do Lomba Grande para a final do ENART. Segue abaixo: "Motivo da classificação, é porque o Lomba entre os 6 suplentes (pq teve uma inter que não teve suplente) o de 3° melhor nota, aonde no regulamento, ou coletania como queira chamar, classifica 8 grupos por inter mais os 3 melhores suplentes, isso somente para FORÇA B. Foi por este motivo que o Lomba classificou. Mas claro, não sou nenhum ignorante e sei que isso você sabia pois sei bem que tu es muito informado pelo fórum, sempre tem posts teu por aqui. Em outro artigo na mesma coletania, ela diz que se classificariam 8 por inter, mais as 3 melhores notas dos não classificados, assim entrou a outra invernada. Por um erro na coletania onde num artigo classifica as 3 melhores notas e em outro artigo as 3 melhores notas dos suplentes, passaram 2 com a mesma vaga. Resumindo, no artigo 11 que fala de todas as modalidades, classificam-se as 3 melhores notas dos não classificados, classificando assim a outra invernada, mas no artigo 22 que somente fala da Força B (parágrafo 9°) diz que se classificaria o 3° melhor suplente, no caso o Lomba. Sobre o MTG divulgar seu erro ou não, não sei te dizer, não achei certo pois quem errou foi o MTG em deixar um erro na coletania, aonde 2 invernadas se classificaram por 2 artigos divergentes um do outro no regulamento. Acompanhei o site do MTG todos os dias depois da Inter e fiquei esperando eles divulgarem seu erro, mas como não ocorreu eu imaginei que muitos iriam Difamar a Lomba aqui, ou usar o nome de outras pessoas para dar o motivo da classificação do Lomba, que foi o 3° melhor suplente e se enquadrou no artigo 22 parágrafo 9°. Se ficou alguma duvida, estou aqui para responder, mas antes de perguntar algo, leiam bem a coletania e no momento que alguém tiver alguma duvida nela, vai ver que ela não é totalmente esclarecida e por este mesmo motivo são 44 grupos na Força B e não 40 como na mesma diz. A Sociedade Gaúcha de Lomba Grande nao se classificou de um jeito polemico, se classificou pela suplência. Quem polemizou foram outros comentando neste fórum." Disponível neste link: http://galpaogaucho.forumbrasil.net/enart-forca-b-f16/ordem-forca-b-enart-2010-t554.htm Parabéns então ao pessoal da entidade por se dispor à prestar tamanho esclarecimento, diante das tantas polêmicas que rondaram o RS nestes dias. Lamentável a atuação dos organizadores do evento, que poderiam ter poupado a entidade de tantos desgastes e sequer prestaram esclarecimentos oficiais, fazendo com o que os integrantes do grupo precisassem justificar o regulamento, digo, o confuso regulamento.

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

9 grupos 6ª feira

Aee.. Boas novas!!! Na programação agora conta que, na força B, 9 grupos dançaram na 6ª. MARA!! Pq além de todos os transtornos se fossem 44 grupos no sábado, realizem que horas ia acabar a B. E que horas iam divulgar a classificatória? Uou! Bom, ou seja.... DTG NOEL GUARANY - UFSM, 13ª RT - 3º grupo da manhã no sábado!! Conto com a torcida de quem estiver lá e com a energia dos que não estiverem. Obs.: Ninguém entendeu pq são nooove grupos... Não são 8 como os blocos da A ou 10, pra deixar um número redondinho. Mas não vou fazer drama, só achei engraçadinho mesmo... hehehe!!! Mas falando em bloco... Pq não classificamos em blocos? E o Lomba Grande, pq classificou mesmo? Aham, nesses casos eu faço drama MESMO!!!