quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Questões de provas do MTG - Análise e reflexão [1]

Uma das partes da minha dissertação, que orgulhosamente foi aprovada com distinção pela minha banca, é analisar as questões que foram utilizadas nos concursos de Prendas e Peões do Movimento Tradicionalista. Como eu trabalho com Missões, selecionei as questões com este tema.

O meu projeto visou oferecer um recurso que possa ser usado no auxílio do estudo das Missões, partindo da ideia de que a história do RS - e das Missões, óbvio - está sendo mal estudada, mal ensinada e mal difundida. Pra provar que isso era verdade, usei livros didáticos que circulam no Brasil, publicados entre 2011 e 2012, e questões de provas utilizadas no Movimento.

Fica minha sugestão para reflexão:
É esta história que queremos reproduzir??

Vou ir lançando, ao longo dos dias, trechos da dissertação onde a análise das provas se encontra.

Sempre disposta ao diálogo, educado e fundamentado, claro!

Vamos lá...

"Concurso de Prendas – Fase Estadual, categoria Juvenil.

Questão 11 - Os grupos guaranis históricos desapareceram lentamente do Rio Grande do Sul devido à:
I – Ataque dos bandeirantes;
II – Guerra Guaranítica;
III – Escravidão imposta pelo governo militar espanhol nas reduções depois expulsão dos jesuítas.
IV – Mestiçagem das mulheres com os homens brancos.
Estão corretas as opções:
Gabarito: d) Todas estão corretas.


Meu questionamento inicial quanto esta questão é a seguinte: quais são os grupos guaranis “históricos” e quais não são? De onde surgiu esta definição e o que ela significa? O segundo questionamento é: os guaranis desapareceram? Lamentável questão. Desconhece-se, desta forma, a realidade da vida dos povos indígenas que sobrevivem e tentam fazer sobreviver a sua cultura dentro do universo atual que tenta os “acuar” dentro do território. As reservas indígenas são parte do conteúdo cobrado das prendas e peões e, ainda assim, surge uma questão que afirma que os guaranis desapareceram, e ainda os classifica entre “históricos” e outros, que devem ser os “não históricos”. Uma questão que causa plena indignação."


E então... É esta ideia história que queremos reproduzir??


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